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18-04-2012

Universidade de Aveiro: Odores de criminosos podem ajudar investigações policiais


Investigadores provam importância dos odores em contextos forenses num estudo mundialmente inédito

Um grupo de cientistas do Laboratório de Psicologia Experimental e Aplicada da Universidade de Aveiro (UA) acaba de provar, através de um estudo “mundialmente inédito”, que em situações de crime o grau de reconhecimento olfactivo da vítima em relação aos odores, quer do agressor quer do ambiente onde a agressão foi perpetrada, é substancialmente maior do que em situações emocionalmente neutras.
“As conclusões são o início de um trabalho que pode ser explorado em contexto forense na medida em que podemos pensar nos odores como um complemento à investigação criminal”, afirma a psicóloga clínica Sandra Soares, responsável pelo estudo que pretende que o reconhecimento olfactivo possa fornecer evidências complementares para a identificação de criminosos e, consequentemente, diminuir a probabilidade de erro da justiça.
A investigação - que contou com a colaboração de Mats Olsson, investigador do Instituto Karolinska (Suécia), e financiamento do Swedish Research Council - envolveu a participação de 30 voluntários aos quais foram apresentados filmes reais de cenas de crime (homicídios, violações, raptos, violência doméstica e agressões) captados por viaturas policiais e câmaras de segurança.

Bombardeados
com estímulos

Durante o visionamento dos filmes, os participantes foram expostos continuamente a um odor corporal, previamente recolhido pelos investigadores, com a informação de que este pertencia ao agressor. Cerca de 15 minutos depois, foi-lhes dado a cheirar cinco odores distintos, entre os quais o sentido durante a visualização do filme. O mesmo procedimento foi realizado com um grupo de outros 30 voluntários com a diferença de que estes, pelo contrário, viram filmes com cenas emocionalmente neutras.
Quando foi pedido aos participantes que, dos cinco odores apresentados, escolhessem aquele a que estiveram sujeitos durante o visionamento dos filmes, 63 por cento dos que observaram a imagens de crime acertaram no cheiro em causa. Dos participantes sujeitos a imagens neutras, apenas 43 por cento apontaram correctamente o odor.
“O reconhecimento de criminosos assenta até agora nos sentidos da visão e da audição. Esperemos que as conclusões deste estudo possam alterar esse pressuposto e que os odores passem a ser elemento de prova, pois as vítimas têm também a possibilidade de indicar odores presentes no cenário do crime”, salienta a docente.
“Temos de fazer uma viragem e tornar a investigação criminal ecologicamente mais válida”, diz a investigadora, que deixa a pergunta: “Se somos bombardeados com tantos estímulos auditivos, visuais e olfactivos, então porquê investigá-los isoladamente?”


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